A expansão da loja virtual, aliada ao viés de crescimento que esse setor apresenta, tem feito com que muitos empreendedores escolham essa modalidade de negócio para realizar suas atividades. Porém, se você quer montar uma loja virtual, saiba que antes de mais nada, você precisa de planejamento e análise do plano de negócios, de acordo com seus objetivos. Por isso, escrevemos uma série de 3 artigos para ensiná-lo como montar uma loja virtual, sendo este o primeiro deles.
Para montar uma loja virtual, a primeira coisa que você deve pensar é sobre o plano de negócios. Neste artigo, vamos abordar a criação desse plano, apresentando os principais aspectos que devem ser avaliados ao estruturar uma loja virtual. Continue acompanhando a leitura e descubra como montar uma loja virtual de sucesso à partir de um plano de negócios!
Como montar uma loja virtual à partir de um plano de negócios?
Uma das etapas fundamentais na hora de elaborar um plano de negócios de como montar uma loja virtual, é definir qual será o público-alvo. Porém, antes de traçar perfis e identificar estratégias de divulgação, existe uma etapa igualmente importante: definir para quem a venda será feita. Nesse sentido, uma loja virtual pode se relacionar apenas com empresas, diretamente com os consumidores finais, ou realizar ambos os tipos de negociações. Saiba mais:
B2B (Business to Business)
O Business to Business é o plano de negócios em que uma empresa negocia diretamente com outras empresas. Ou seja, a loja virtual venderia exclusivamente para empresas. As principais vantagens dessa relação comercial é que o volume de compras costuma ser grande e frequente, além de proporcionar altos ganhos na produtividade e eliminar a necessidade de intermediadores nas negociações.
B2C (Business to Consumer)
O modelo de Business to Consumer significa que a loja virtual realizará suas vendas diretamente para os consumidores finais. É uma estratégia muito comum adotada por muitas lojas virtuais e é, também, uma das principais formas de ingresso de empreendedores no mercado virtual.
B2B2C (Business to Business to Consumer)
Essa modalidade surge quando uma empresa faz negócios com outra, visando alcançar um consumidor final. O principal exemplo disso é quando uma empresa busca um varejista – distribuidor para realizar as vendas para os consumidores finais.
A principal vantagem é que as empresas fortalecem suas relações comerciais e passam a competir como uma cadeia no mercado, o que pode trazer ganhos em vantagem competitiva.
O que vender?
Feita a escolha do plano de negócios a ser adotado, é preciso também escolher quais produtos ou serviços serão oferecidos pela loja virtual. Veja abaixo uma lista com algumas opções:
Bens
É a escolha mais comum entre empreendedores na hora de criar uma loja virtual. Isso acontece devido ao fato de possuírem maior alcance, por poder tratar-se de itens de primeira necessidade, ou mesmo para atender os desejos dos consumidores. Neste modelo, o empreendedor precisa se preocupar com estoques e com a logística de entrega aos seus clientes.
Exemplos de bens que podem ser vendidos em uma loja virtual: roupas, artigos para a casa, equipamentos eletrônicos, produtos de beleza e bem estar, entre outros.
Produtos digitais
Produtos digitais não possuem necessidade de estoque e planejamento logístico, dada sua natureza. Se enquadram, por exemplo, na categoria de música, video game, ebooks e softwares, etc. Esse é um segmento que tem crescido consideravelmente nos últimos anos, por isso, pode ser uma excelente opção de atuação. Entretanto, é necessário levar em consideração a desvantagem que esse comércio possui devido a pirataria.
Serviços
Quando falamos em loja virtual, a primeira coisa que vem à mente é a venda de produtos. Porém, muitas empresas e pessoas vendem serviços online: profissionais freelancer, serviços de desenvolvimento web, consultorias, e até mesmo serviços de recorrência ou assinatura. Se você pensa em montar uma loja virtual vendendo serviços, atente-se às tendências do mercado!
Recorrência ou Assinatura
Esta é certamente uma tendência no mercado de loja virtual: o modelo de recorrência (ou assinatura) é baseado na oferta de benefícios de produtos e serviços cobrados mensalmente, por meio de assinaturas. É um modelo que corresponde à sustentabilidade das relações comerciais, que prevê o futuro dos negócios ao procurar manter a fidelidade do consumidor, criando mais valor para as pessoas.
A cobrança recorrente tem sido adotada para os mais variados produtos e serviços. É o caso do Netflix, Spotify, Smart Fit, etc. Este modelo de negócios para comércio eletrônico conta com inúmeras vantagens, tanto para a empresa quanto para os consumidores: maior flexibilidade de precificação, crescimento sustentável dos negócios, previsão de lucros mais confiáveis, praticidade e agilidade para o consumidor.
Como os produtos serão adquiridos?
Isso vale principalmente para planos de negócios de lojas virtuais que trabalham com a venda de bens físicos. Algumas formas de adquirir os produtos já são a base para a estrutura do negócio – como no caso de trabalhos manuais. Outras, dependem da decisão do empreendedor. Veja abaixo alguns exemplos:
Produção própria
Nesse caso, o próprio empreendedor trata de produzir os bens que serão oferecidos em sua loja virtual. Pode ser por exemplo, artesanato, roupas, bijuterias e itens de beleza, higiene e bem estar, etc.
A vantagem da produção própria é a possibilidade de expor seu trabalho para uma quantidade maior de pessoas, alcançando outras regiões. Porém, você pode enfrentar o problema da escalabilidade, caso a demanda aumente consideravelmente sem que haja recursos disponíveis para aumentar a capacidade de produção.
Compra do fabricante
Nesses casos, o empreendedor negocia com o fabricante a compra de seus produtos. Por negociar diretamente com a indústria, é possível conseguir preços mais competitivos. Entretanto, pode ser que a questão do volume de compras seja um empecilho, dependendo do ticket médio que a loja virtual alcançará.
Compra no atacado
Essa é uma das escolhas mais comuns para empreendedores que optam por gerir o próprio estoque. Na maioria dos casos, compra-se de uma empresa intermediária, que oferece os produtos com desconto. A vantagem de negociar com essas empresas é que, caso a demanda sofra algum pico, normalmente elas conseguem suprir o aumento sem muitos problemas.
Dropship
Com esse plano de negócios, o empreendedor opta por não gerir o estoque, que fica sob a responsabilidade de seus fornecedores. Ou seja, a loja virtual trabalha com produtos que não possui fisicamente. Sendo assim, quando um cliente faz o pedido, a loja virtual o repassa para o fornecedor, que fica responsável pela separação, embalagem e envio ao cliente final – porém, com a marca da loja virtual.
Nesse caso, existe a grande vantagem de não ter que gerir um estoque e lidar com todos os custos inerentes a essa atividade. Todavia, é preciso contar com fornecedores confiáveis para que a operação não prejudique a satisfação dos clientes.
Forma de competição no mercado
A escolha de como a empresa competirá no mercado também é muito importante ao estruturar um plano de negócios para loja virtual. Essa escolha pode se tornar a principal característica do negócio e poderá ser o diferencial em seu nicho de mercado. Veja algumas opções:
Preço
Alguns empreendedores optam por competir através do preço, oferecendo opções atraentes para os consumidores. Porém, para conseguir adotar essa prática sem que a loja virtual tenha prejuízos, é necessário encontrar fornecedores que pratiquem preços competitivos e ainda mantenham os custos reduzidos.
Qualidade
Competir através da qualidade é uma excelente escolha, desde que os produtos e serviços realmente se diferenciem dos concorrentes. Caso esse valor seja percebido pelos consumidores, ainda que os preços sejam um pouco maiores do que a média, é possível conquistar uma fatia de mercado considerável.
Valor agregado
Outra forma eficaz de se diferenciar no nicho de atuação e se destacar dos concorrentes é oferecer valor aos clientes. Esse valor pode vir em forma de qualidade dos produtos, do atendimento, diferencial nas embalagens, serviço de entrega com maior rapidez, entre outras opções que podem fazer com que o cliente se sinta encantado.
Serviço
Competir no serviço também é uma estratégia eficaz. Em tempos em que clientes possuem pouco apego às marcas, oferecer um diferencial que fortaleça a relação com os consumidores é uma ótima opção. Podemos citar a prática do same-day-delivery (entrega no mesmo dia) como uma forma de encantar os clientes através do serviço.
Existem diversos outros aspectos que devem ser considerados ao elaborar um plano de negócios de como montar uma loja virtual. Porém, ao definir essas diretrizes, você conseguirá terá boa parte do trabalho inicial resolvido.
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